MEU PAI, MEU AMOR (POEMA)

Numa felicidade azul a vida caminhava.

O vento passou forte e desumano.

O vento levou o azul e a figura de alguém que o vento deixou na saudade.

Vivi o que não escolhi.

Na aurora de minha vida, aninharam-se a tristeza, a ausência, a solidão, a aflição…

.. e o azul e o Sol e a Lua e o mar tudo se foi.

Chegou o vazio, trazendo a dor terrível de querer e não ter.

De um coração apaixonado que não pôde amar.

De sentir e não possuir, no ódio do vento.

O vento passou. Ficou a verdade, flagelo-saudade de alguém que o vento levou…

Por que me deixaste?

Todavia, desposou a morte, nasceu a vida.

dezembro de 1967, aos 19 anos

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