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É essencial compreendermos a mente humana, pois, inúmeras vezes, ela trabalha obsessivamente, formatada de tal maneira, que não conseguimos alterar o seu funcionamento.
Há uma certeza: a mente precisa navegar de maneira rigorosa entre o passado, o presente e o futuro. Nesta trama {ou neste drama} é que construímos a harmonia e a paz no coração. É isto, deveras: o que fomos, o que somos e o que seremos…
Enfrentamo-nos ou nos enlouquecemos com o que jaz, a saber, com o passado. Amamos o presente porque nele vivemos as aventuras quotidianas. O futuro desponta diante de nós seguido de uma ingênua esperança. Ah, os humanos, únicos animais que têm este peregrino sentimento, a esperança.
O passado está quase totalmente enterrado em cova rasa, cujo nome freudiano é ‘inconsciente’; o presente é um néctar, tipo de gozo demorado que corre nos labirintos dos humanos e que, ao fim, deixa-nos prostrados, como quando depois de um coito. E o futuro? Ele é a nossa graça e a nossa desgraça, pois o perseguimos pari passu, em que pese dele nada sabermos.
O futuro é o nada a ser preenchido pelo presente; assim, podemos entendê-l0 como sendo o ‘presente em conta-gotas’. Ele é um museu desabitado, sem quadros ou pinturas ou lustres.
Por que o vírus nos leva à angústia, ao medo e à ansiedade? Exatamente, porque a dimensão do futuro passa a ser absurdamente desconhecida ou sequer prevista. O vírus, e a sua dimensão social e econômica, estraçalha frente à nossa cara o futuro individual e social. Ninguém sabe se estará vivo ou morto, com ou sem emprego, com ou sem trabalho. Necessário é salvar a nossa saúde mental, reatando em nós o que está sendo estilhaçado: a íntima união do presente com o futuro. Aqui, a chave do cofre…
O vírus fere a História. Assalta-nos, mexe em nossa identidade e nos faz adiar o futuro ou tremer diante dele. Impotentes, saibamos lidar com a solidão e com os medos, posto nos vermos {quase} sem o futuro. Aqui, o segredo do cofre…
Definitivo. Não sabemos lidar com tragédias. Lógico! Todavia, temos a Inteligência e ela poderá nos dizer bem baixinho: eia, humano, não perca a esperança. Nunca. Ela tem a ingenuidade que pode nos salvar, dando oxigênio ao cérebro e à alma. Até o futuro, pois. Amém.
Prezado Mestre Paulo Ronca
OBRIGADA, por em meio AO CAOS, nos trazer ESSE TANTO DE ESPERANÇA.
PARABÉNS!!!
GRATIDÃO!!!
Forte abraço.
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